Para grandes males, grandes remédios. Assim pensou Hugo Marçal, um dos sete arguidos da Casa Pia, condenado anteontem a seis anos e dois meses de prisão, quando, a 15 de Outubro de 2003, decidiu comer o sabão que se encontrava na casa de banho do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, onde estava a ser sujeito ao terceiro interrogatório judicial, liderado pelo juiz Rui Teixeira. "Estava desesperado. Naquele momento faria qualquer coisa para interromper o interrogatório", revela no livro que intitulou Sabão Azul e Branco, que estará nas bancas a partir de amanhã.
Ao insistir na sua inocência, o advogado explica que nesse mesmo dia lhe foi lida uma ordem de libertação, na sequência de uma decisão da Relação de Lisboa, e, três minutos depois, outra de detenção. Tudo enquanto estava sentado numa cadeira da secretaria do TIC. Por decisão da Relação de Lisboa, que obedecia a um acórdão do Tribunal Constitucional, Rui Teixeira foi obrigado a comunicar a Hugo Marçal as provas recolhidas contra si e os factos, com conteúdo criminal, que lhe eram imputados.
já li o livro e para mim acho que o homem é inocente.E desejo sinceramente a quem o meteu e a outros nesta trapalhada que venha a ter o devido retorno ao longo da vida.Condenar pessoas inocentes é bem mais grave que libertar criminosos.
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